Título Original: Buried
Gênero: Drama, Mistério, Thriller
Direção: Rodrigo Cortés
Roteiro: Chris Sparling
Produtores: Adrián Guerra, Peter Safran
País de Origem: EUA
Estreia: 23 de Janeiro de 2010
Duração: 95 minutos
Com: Ryan Reynolds
Sem duvida nenhuma um dos maiores medos da maioria das pessoas no mundo, é após ser enterrada em um caixão, abrir os olhos e descobrir que ainda lhe resta alguns minutos de vida sozinho, no escuro, e sem chance nenhuma de alguém lhe socorrer...Só espera e aguarda a morte.
Estamos em 2006 no meio de guerra do Iraque, e durante uma viagem de transporte, os comboios foram atacados e dai surge nosso protagonista. Feito de refém, Paul foi enterrado vivo dentro de um caixão no meio do deserto do Iraque, deixado apenas com um isqueiro e um celular meia carga.
O filme todo é dentro da caixa debaixo da terra, e mesmo assim ficamos tensos e angustiados com a situação de Paul que parece que nunca vai melhorar, e a cada segundo nós que assistimos também ficamos mal com a situação... A cada ligação incompleta, a cada atendente que não acredita no que Paul está falando a cada pessoa que diz que tenta ajudar você vai ficando mais tenso e sufocado.
Sim parece piada quando digo que o filme é feito totalmente dentro de um caixão e mesmo assim te prende do começo ao fim, mas isso se deve ao ótimo roteiro bem elaborado que Chris Sparling em seu primeiro filme fez. Além da ótima direção do espanhol ,estreante no grande circuito, Rodrigo Cortés fez, além de conseguir fazer um filme completamente dentro de um caixão, com as fontes de luz dependendo unicamente dos objetos em cena, também dirigiu o ator.
Agora para entender o trabalho de Ryan Reynolds devemos pensar em como agiríamos se acordássemos dentro de uma caixa de madeira a alguns metros abaixo da terra... Pronto?
Ryan prova aqui que é muito mais do que um homem malhado e mostra que o desespero de alguém que faz qualquer coisa para sobreviver, mas que depende apenas da boa vontade das outras pessoas.
Então a cada ligação que Paul faz, somos expostos a sujeira que ele estava. Colarinhos branco fazendo de tudo para tirar Paul de seus problemas, e não se importando com ele, e pensando apenas no corporativismo que está mais evidente a cada dia, deixando a pergunta "quem é o terrorista?". Além de expor também o governo, as empresas de telemarketing, e a própria vida de Paul provando que ele também não é nenhum santo.
Então o filme nos faz lembrar aquela frase que os pais sempre diziam: "você está sozinho no mundo", e depender de alguém sempre será difícil, independente se precisa de dinheiro emprestado ou de alguém para salvar sua vida, os outros sempre vão estar na sua frente.
Claustrofóbico, angustiante, intenso, sufocante, desesperador.
It's Mark White.
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